esta noite gelada de terror
dilacera a alma
estranhamente guardo a imagem do sonho
na memória da lua
grande desastre na floresta negra
desertos artificiais logo alí adiante
é só perceber o clarão e os gritos
perdido nessa rota obscura de desejos
a lua se apaga quando o céu escurece
na noite da veloz galopada do medo
cresce enraivecido o cão que nos espreita na colina
este túnel emudecido
fera monstruosa que se mutila
antes madrugada onde tudo dormia
rastro colorido dos segredos esquecidos
um pedaço de algodão envelhecido
dadaísmo dadaesmo dadatédio enlouquecido
frio medonho
a cidade é um poço
entupido
André Leite Ferreira (Belém-PA)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Soneto torto
Consciência
com ciência.
Ciente de
saber.
Negra condição,
da pele
resistente
herdar.
Saber da herança negra,
das lutas negras
do ensinamento.
Venerar a herança negra,
nos dias há dia
sem confinamento.
Mariana
com ciência.
Ciente de
saber.
Negra condição,
da pele
resistente
herdar.
Saber da herança negra,
das lutas negras
do ensinamento.
Venerar a herança negra,
nos dias há dia
sem confinamento.
Mariana
sábado, 6 de novembro de 2010
MINHAS CLARIDADES VEM DO ESCURO
E MINHA LUZ SEMPRE SURGE DO NADA.
NADA, PERDIDA NA RUA E NA MADRUGADA
O NADA NÃO SIGNIFICA VAZIO
O NADA É CHEIO E TEM MOVIMENTO COMO UM RIO,
NADA REPLETO E CHEIO DE NADA.
A BUSCA DE SENTIDO VIRA UM POR SI SÓ,
GRITANDO E BUSCANDO A SAÍDA
MAS, AFUNDANDO
NUM
NÓ.
Carmela Mazzoti
E MINHA LUZ SEMPRE SURGE DO NADA.
NADA, PERDIDA NA RUA E NA MADRUGADA
O NADA NÃO SIGNIFICA VAZIO
O NADA É CHEIO E TEM MOVIMENTO COMO UM RIO,
NADA REPLETO E CHEIO DE NADA.
A BUSCA DE SENTIDO VIRA UM POR SI SÓ,
GRITANDO E BUSCANDO A SAÍDA
MAS, AFUNDANDO
NUM
NÓ.
Carmela Mazzoti
domingo, 24 de outubro de 2010
Por trás dos muros: moinhos
acompanha descaradamente o silêncio do medo
silenciosamente calma e desperta
quase como uma pantera que se perde na escuridão
se acha a cada instante dentro do peito
sem saber se é dia ou noite
sem saber se é perto ou longe
perto e longe é sempre aqui
ruínas e delírios mornos
a lua não grita
o céu estranhamente não desaba
vaga feito sombra
nas floresta escuras do desejo
é sempre tenue
e nos aguarda dia e noite
conhece a nossa história desde sempre
e nunca se precipita ou age em vão
a escolha é sempre sua
André Leite Ferreira (Belém-PA)
silenciosamente calma e desperta
quase como uma pantera que se perde na escuridão
se acha a cada instante dentro do peito
sem saber se é dia ou noite
sem saber se é perto ou longe
perto e longe é sempre aqui
ruínas e delírios mornos
a lua não grita
o céu estranhamente não desaba
vaga feito sombra
nas floresta escuras do desejo
é sempre tenue
e nos aguarda dia e noite
conhece a nossa história desde sempre
e nunca se precipita ou age em vão
a escolha é sempre sua
André Leite Ferreira (Belém-PA)
domingo, 26 de setembro de 2010
Suave como metralhadoras
agressiva como criança.
Não me pergunte da minha andança
sou cheia de respostas.
Natural como o cimento,
o pé no chão e a enxada.
Se isto não te leva a nada,
não é este o meu contentamento.
Quebrei o ciclo, agora é tarde
o pouco tempo fez suas escolhas
assim como meu pé é cheio de bolhas,
minha cabeça, de pensamentos, arde.
Se ao me olhar algo te passa
esqueça ou me ignore,
o de fora é casca que cobre
todas temos o inferno e o céu em brasa.
Maria Balbina
agressiva como criança.
Não me pergunte da minha andança
sou cheia de respostas.
Natural como o cimento,
o pé no chão e a enxada.
Se isto não te leva a nada,
não é este o meu contentamento.
Quebrei o ciclo, agora é tarde
o pouco tempo fez suas escolhas
assim como meu pé é cheio de bolhas,
minha cabeça, de pensamentos, arde.
Se ao me olhar algo te passa
esqueça ou me ignore,
o de fora é casca que cobre
todas temos o inferno e o céu em brasa.
Maria Balbina
domingo, 19 de setembro de 2010
O Menino
Primeiro é uma explosão seca e melancólica. Vindo sabe-se lá da onde. Do céu. Do vento. Do lado de lá.
De Alá não.
Alá é misericordioso.
Segundos antes de encrespar a terra e fecundar o fim, dá pra ouvir o barulho das rodas das carruagens de fogo. Rangerem. É o som do paraíso?
O filho, abaixado, escondido sob o lenço do pai. Olha lá o avião. Que colorido. Ele se imagina um pássaro e nem sente dor quando seu corpo miúdo desaba junto com o mundo e treme um pedaço de chão seco. Lá tudo é seco. Até os olhos das mães.
Ele é um menino. Não tem nome. Não te interessa. Não me interessa. Não interessa os anunciantes. Ele é o número 698 dos quase 900, e tem toda a pompa internacional. Você não o conhece. Eu não o conheço. Os anunciantes não o conhecem. Mas ele dá uma bela matéria do seu jornal. Suas mãos pequeninas pintadas de vermelho árido dão uma bela fotografia e é provável que você ganhe algum prêmio na Europa com ela, e estampe livros caros em salas de mobílias encouradas e caras; e daqui a 15 anos, quando o menino completaria 20 anos de ódio, você vai celebrar o aniversário da sua grande fotografia com muito champanhe e uísque para seus convidados que adoram champanhe e uísque.
Mas hoje ele ainda é menino e apenas jaz. Sem remorso, sem pompa, sem prêmio, sem sonho de ser mais pássaro. Ele jaz, apenas, e é contornado pelos limites dos olhos distantes e coléricos do pai, que revela as fotografias que você nunca verá nos jornais.
Semente (Gustavo)
LIBERDADE DO ADEUS
Sou um perdido em meio aos muitos destinos
sem caminho certo a seguir
sem estábulos para morar
sem corrente para estabelecer um limite
Sim estou rodeado de correntes que não me permitem retornar ao adeus
dizer “lá se foi o louco" para mim, digam
Proclamem
o ‘tam tam’ abandonou tudo pelo nada
Gritem, exclamem, retornem aos seus lugares
porque aqui vou eu
para aquele lugar, onde não se para
só posso prosseguir
retomo o medo
realço o valor que é ser supervalorizado
a liberdade, não de lugar
mas a liberdade dentro de si
Daquele que foi embora, para o mundo a fora
sem destino, proclamando a solidão solidária
deixando a comida e roupa lavada para trás
sem destino
Proclamem tediosos, digam invejosos
relatem meus reportes particulares da mesquinharia alheia
todos em um grande coral
Lá foi ele
Será que voltara?
Zenildo Alves de Souza Jr. (Zen) - Brasília/DF
sábado, 18 de setembro de 2010
Será!?
Palavras faltam
No peito deste que escreve
Nos sentimentos que não mais sente
Dos olhos q vêem o que não mais se vê
Grito, exclamo ... questiono!
Por quê? Pra que? Não sei!
O que sei, é que ... esqueci!
Será que esqueci? Não sei!
Quero ...
voltar, ficar, sentar, gritar!
Quero ...
descer, correr, escrever!
Quero ...
ir, sair, subir, me divertir!
São tantos 'quereres', que já não sei mais o que quero!
Será que quero?
Será que é o que eu quero?
Estaria eu, pronto para tantas mudanças?
Estaria eu, pronto pra viver?
Não sei!
Às vezes acho que me esqueci de querer isso também!
L.F.
No peito deste que escreve
Nos sentimentos que não mais sente
Dos olhos q vêem o que não mais se vê
Grito, exclamo ... questiono!
Por quê? Pra que? Não sei!
O que sei, é que ... esqueci!
Será que esqueci? Não sei!
Quero ...
voltar, ficar, sentar, gritar!
Quero ...
descer, correr, escrever!
Quero ...
ir, sair, subir, me divertir!
São tantos 'quereres', que já não sei mais o que quero!
Será que quero?
Será que é o que eu quero?
Estaria eu, pronto para tantas mudanças?
Estaria eu, pronto pra viver?
Não sei!
Às vezes acho que me esqueci de querer isso também!
L.F.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Contra essa PATIFARIA!!!
Contra essa PATIFARIA !!!
Sou Patife
Por não reconhecer quem amo
Sou patife
Por não reconhecer que a vida passa ...
Sou patife
Por ser tão mesquinha e egoísta
Sou patife
Por não reconhecer as minhas hipocrisias e meus
preconceitos
Sou patife
Por me deixar levar pela rotina...
Sou patife por não reconhecer essa patifaria.
Somos todos patifes.Por não reconhecer essa patifaria.
Fabrício Matrigani Gutierres
Sou Patife
Por não reconhecer quem amo
Sou patife
Por não reconhecer que a vida passa ...
Sou patife
Por ser tão mesquinha e egoísta
Sou patife
Por não reconhecer as minhas hipocrisias e meus
preconceitos
Sou patife
Por me deixar levar pela rotina...
Sou patife por não reconhecer essa patifaria.
Somos todos patifes.Por não reconhecer essa patifaria.
Fabrício Matrigani Gutierres
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Vivo em um mundo de pequenos espaços
Totalmente cheio de realidades e vida
Perplexo encontro o incansável mundo da morte
Sepulto a cada dia a tristeza tão natural que tomou conta do meu coração
É vencer o invencível
Sempre me encontro nesses meios termos de vidas
Tais pequenos contratos de sobrevivência encantada
Refletida em corações ansiosos
Cheios de pequenos espaços soltos
Por ai se encontra muita coisa, a ponto de mais sentido reverter o mal
Ser encontrado pela pequena realidade da felicidade
Que é real
Que me representa
Hoje eu posso sentir: em pequenos espaços
Tolerantes ao medo
Tolerantes a minha visão errada da vida
Realmente me encontro perplexo e naturalmente insano e insensato
Mas será que não é melhor viver assim do que sempre ter que completar
Sempre explicar
Racionalizar tudo
Me cansei
Aqui vou eu para pequena realidade minha desconhecida
Zenildo Alves de Souza Jr. (Zen) - Brasília/DF
Totalmente cheio de realidades e vida
Perplexo encontro o incansável mundo da morte
Sepulto a cada dia a tristeza tão natural que tomou conta do meu coração
É vencer o invencível
Sempre me encontro nesses meios termos de vidas
Tais pequenos contratos de sobrevivência encantada
Refletida em corações ansiosos
Cheios de pequenos espaços soltos
Por ai se encontra muita coisa, a ponto de mais sentido reverter o mal
Ser encontrado pela pequena realidade da felicidade
Que é real
Que me representa
Hoje eu posso sentir: em pequenos espaços
Tolerantes ao medo
Tolerantes a minha visão errada da vida
Realmente me encontro perplexo e naturalmente insano e insensato
Mas será que não é melhor viver assim do que sempre ter que completar
Sempre explicar
Racionalizar tudo
Me cansei
Aqui vou eu para pequena realidade minha desconhecida
Zenildo Alves de Souza Jr. (Zen) - Brasília/DF
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
A Morte da Vida!
Todos os dias de minha vida, serão todos os dias de minha morte.
Todos os dias que eu vivo também morro.
Quanto mais eu vivo, mais ainda eu morro!
Vivo o hoje,
Mas amanhã, o hoje será passado.
O hoje terá passado,
O hoje terá morrido.
Eu terei morrido.
Mas hoje, eu vivo com a certeza de que amanhã,
Hoje eu estarei morto.
Leonard Freemam
Todos os dias que eu vivo também morro.
Quanto mais eu vivo, mais ainda eu morro!
Vivo o hoje,
Mas amanhã, o hoje será passado.
O hoje terá passado,
O hoje terá morrido.
Eu terei morrido.
Mas hoje, eu vivo com a certeza de que amanhã,
Hoje eu estarei morto.
Leonard Freemam
sábado, 7 de agosto de 2010
AGONIA IMPRECISA
zÊNITE dE pITORESCOS sÍMBOLOS vAZIOS
Dores Incomodavelmente Confortáveis
aMÁLGAMA dO dESENCONTRO cÁLCULADO
Vontade De Não Fazer O Que Forçosamente
Faço Com Amor
cOMPLETAMENTE aMARRADO a uM iNVISÍVEL
Que Não Segura e Machuca
é iSSO mESMO qUE eU nÃO sEI
Almir (Almirants)
Dores Incomodavelmente Confortáveis
aMÁLGAMA dO dESENCONTRO cÁLCULADO
Vontade De Não Fazer O Que Forçosamente
Faço Com Amor
cOMPLETAMENTE aMARRADO a uM iNVISÍVEL
Que Não Segura e Machuca
é iSSO mESMO qUE eU nÃO sEI
Almir (Almirants)
sábado, 31 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Excludente Mundo Novo (parte 2)
E neste novo mundo insano, nos derretemos a cada dia, escorrendo como um líquido pegajoso pelo ralo da pia, sem sequer ter enxergado a verdade dos atos individuais, dos silêncios mal preenchidos, dos olhares negados, da palavra destrutiva, do egoísmo disfarçado de risos, da gargalhada que oprime. É, realmente precisamos rever o conceito do que é novo. O novo é bom? O novo significa evolução? Que tipo de evolução? Estamos avançando no novo? Caminhamos para frente ou para trás? Neste novo mundo, qual o tempo que destinamos para nós mesmos? Neste novo mundo, o que é o tempo? Aquele do despertador que nos faz levantar todo dia e seguir, sem pestanejar, para mais um dia mortal no trabalho? Apenas perguntas... vamos juntos encontrar as respostas?
Silvio Luz
Silvio Luz
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Excludente Mundo Novo
Uma nova tecnologia criada
Uma nova exclusão consolidada
Na terra em que o progresso não é para todos
Onde se cria necessidades e se ignora o necessário
Onde o progresso financia o insucesso dos famintos
Investindo em desigualdade
Revestindo a crueldade com a máscara do desenvolvimento,
Que só se envolve com a iniqüidade
Pairando acima dos desiguais, padecentes do frio,
No vale da desvalia, onde o sol não aquece a todos
Perecendo diante deste excludente mundo novo.
Laoiz
sábado, 3 de julho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
A MENTIRA
caminhamos sobre os pilares da mentira
a mentira rege nossa vida
o mundo sempre se curvou perante esta monstruosidade
ninguém ousa levantar a voz contra ela
estamos morrendo por nossas mentiras
e ainda continuamos a criar mais e mais mentiras
os donos do poder
os que querem o poder
eu já me cansei de toda essa babaquice
e não aguento mais tanta mentira
nas ruas nas escolas nas universidades nos campos nas construções
nos hospitais nas igrejas nas familias, enfim, em todos os lugares
não aguento mais tanta mentira se passando por verdades
se é verdade que existe na história uma idade das trevas
essa é então a contemporaneidade
cheia de nuances e obscuridades
seja das conversas obscuras ou mesmo do pensamento
assim como das ruas escuras e sombrias
as vezes nos cansamos
e o tédio está me matando assim como a mentira
que tentam me empurrar goela a baixo na marra
nós estamos morrendo e precisamos nos mobilizar
se realmente queremos mudar qualquer coisa por mínima que seja
porque a pessoa é para o que nasce
e a música e a dança podem mudar
pois somos nós que decidimos o que ouvir como ouvir e dançar
morte a mentira
precisamos quebrar esta base já
André Leite Ferreira - Belém/PA
a mentira rege nossa vida
o mundo sempre se curvou perante esta monstruosidade
ninguém ousa levantar a voz contra ela
estamos morrendo por nossas mentiras
e ainda continuamos a criar mais e mais mentiras
os donos do poder
os que querem o poder
eu já me cansei de toda essa babaquice
e não aguento mais tanta mentira
nas ruas nas escolas nas universidades nos campos nas construções
nos hospitais nas igrejas nas familias, enfim, em todos os lugares
não aguento mais tanta mentira se passando por verdades
se é verdade que existe na história uma idade das trevas
essa é então a contemporaneidade
cheia de nuances e obscuridades
seja das conversas obscuras ou mesmo do pensamento
assim como das ruas escuras e sombrias
as vezes nos cansamos
e o tédio está me matando assim como a mentira
que tentam me empurrar goela a baixo na marra
nós estamos morrendo e precisamos nos mobilizar
se realmente queremos mudar qualquer coisa por mínima que seja
porque a pessoa é para o que nasce
e a música e a dança podem mudar
pois somos nós que decidimos o que ouvir como ouvir e dançar
morte a mentira
precisamos quebrar esta base já
André Leite Ferreira - Belém/PA
segunda-feira, 31 de maio de 2010
EM QUALQUER LUGAR!
No morro;
Na praia;
Na lua;
Na praça;
À rua;
Por todo canto onde se sente o chão
cantar
O batuque continua
E do outro lado do plano,
Escuto uma batucada,
Vibração convidativa,
Neste vão de madrugada.
Com a saudade no pandeiro,
E o ódio no atabaque,
Percutindo alegria na alma,
Deixando tristeza bailar.
As perturbações ficam suspensas,
E a paz chega e samba sem pedir
licença
Desabrigo do desespero
Onde ate as aflições se harmonizam
no compasso,
No cortejo da vida
Que apesar das mazelas
Insiste em dançar
Então sempre que estou aflito,
Eu vou pro samba, e fico por lá.
Laoiz
Na praia;
Na lua;
Na praça;
À rua;
Por todo canto onde se sente o chão
cantar
O batuque continua
E do outro lado do plano,
Escuto uma batucada,
Vibração convidativa,
Neste vão de madrugada.
Com a saudade no pandeiro,
E o ódio no atabaque,
Percutindo alegria na alma,
Deixando tristeza bailar.
As perturbações ficam suspensas,
E a paz chega e samba sem pedir
licença
Desabrigo do desespero
Onde ate as aflições se harmonizam
no compasso,
No cortejo da vida
Que apesar das mazelas
Insiste em dançar
Então sempre que estou aflito,
Eu vou pro samba, e fico por lá.
Laoiz
sábado, 8 de maio de 2010
PORTA GIRATÓRIA
Numa das mais triviais experiências enfrentadas por negros, alguns desses negros, mais que acostumados perdem suas vidas. Sem querer continuar o chavão de polícia racista e filha da puta, ou de que o treinamento dos queridos guardas é errôneo, apenas gostaria de entender porque um negro ao não querer passar na porta giratória, por conta de um marca-passo, acaba tomando um tiro a queima roupa. Não sei se coincidência, não vou julgar o contrário, mas realmente queria entender porque toda vez somos parados, afinal, no nosso belo país miscigenado não existe racismo, no nosso belo país onde existe uma democracia racial, são os sensores que apitam ao perceber um metal, e não um botão que fica na mão dos guardas que protegem o dinheiro, que afinal todos nós temos acesso.
Bom neste país lindo de matas verdes, um negro, e apenas um negro, morreu nessa semana. E este negro deve ter morrido por desacato, ou por tentar assaltar um banco portando contas a pagar e marca-passo no peito...Fico imaginando a cena “ passa esse malote se não te jogo minha conta de água na sua cara”...
Não é engraçado esse tipo de situação que muito me incomoda. No mesmo dia em que recebi a notícia desta morte, notícia que simplesmente ignorou o fato da vítima ser afro descendente como vem ignorando todo o racismo que é sim presente nesse país, fui ao banco, como um bom cidadão que corriqueiramente paga suas contas, nem sempre em dia, e pude comprovar a uma amiga que todas as vezes sou parado. Primeiro tentei entrar com a mochila, pois os guarda-troços de uma Agencia do Banco do Brasil eram muito pequenos. Me deparei com um “pipipi” desgraçado e com uma moça com voz bem melosa e educada dizendo” por favor, deposite os materiais de ferro na bláblá...”. Dessa vez não me estressei, mas joguei a mala no guarda-troço e propositalmente mantive as chaves e celular no bolso, a fim de mostrar a essa amiga que eram botões e não sensores. Depois de repetidas vezes e uma cara de insatisfação, e depois de toda humilhação, eu simplesmente entrei, e logo que entrei tirei as chaves do bolso, para que os guardas do tesouro não duvidassem de minha inteligência.
Eu já estou acostumado, e isso é um erro, com todas essas demonstrações racistas que me param no banco, e que matam pessoas comuns. Estou acostumado com uma mídia que esconde e mente e com os livros de história que falam de democracia racial, e de igualdade nas belas matas verdes que só tem cinza por toda parte.
Acostumado por que tenho que seguir minha vida, mas sigo essa vida com muita insatisfação com a classe dominante que não entende que esses atos fomentam reflexos violentos. Que não entende que cada morte de pessoas simples aumenta surpreendentemente o ódio de quem é dominado por quem domina.
O treinamento desses guardas, como estão sendo feitos, por quem está sendo feito. Vale tanto o tesouro da nação a ponto de atirar num inocente? O assassino além da farda, o que tinha de diferente , além do treinamento que diz “Negro é suspeito”, da vítima?
Tim
Bom neste país lindo de matas verdes, um negro, e apenas um negro, morreu nessa semana. E este negro deve ter morrido por desacato, ou por tentar assaltar um banco portando contas a pagar e marca-passo no peito...Fico imaginando a cena “ passa esse malote se não te jogo minha conta de água na sua cara”...
Não é engraçado esse tipo de situação que muito me incomoda. No mesmo dia em que recebi a notícia desta morte, notícia que simplesmente ignorou o fato da vítima ser afro descendente como vem ignorando todo o racismo que é sim presente nesse país, fui ao banco, como um bom cidadão que corriqueiramente paga suas contas, nem sempre em dia, e pude comprovar a uma amiga que todas as vezes sou parado. Primeiro tentei entrar com a mochila, pois os guarda-troços de uma Agencia do Banco do Brasil eram muito pequenos. Me deparei com um “pipipi” desgraçado e com uma moça com voz bem melosa e educada dizendo” por favor, deposite os materiais de ferro na bláblá...”. Dessa vez não me estressei, mas joguei a mala no guarda-troço e propositalmente mantive as chaves e celular no bolso, a fim de mostrar a essa amiga que eram botões e não sensores. Depois de repetidas vezes e uma cara de insatisfação, e depois de toda humilhação, eu simplesmente entrei, e logo que entrei tirei as chaves do bolso, para que os guardas do tesouro não duvidassem de minha inteligência.
Eu já estou acostumado, e isso é um erro, com todas essas demonstrações racistas que me param no banco, e que matam pessoas comuns. Estou acostumado com uma mídia que esconde e mente e com os livros de história que falam de democracia racial, e de igualdade nas belas matas verdes que só tem cinza por toda parte.
Acostumado por que tenho que seguir minha vida, mas sigo essa vida com muita insatisfação com a classe dominante que não entende que esses atos fomentam reflexos violentos. Que não entende que cada morte de pessoas simples aumenta surpreendentemente o ódio de quem é dominado por quem domina.
O treinamento desses guardas, como estão sendo feitos, por quem está sendo feito. Vale tanto o tesouro da nação a ponto de atirar num inocente? O assassino além da farda, o que tinha de diferente , além do treinamento que diz “Negro é suspeito”, da vítima?
Tim
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Sambando de Lado
Ao passo em que toca a música
consigo iluminar também minhas idéias
sinto as idéias e vejo melhor o som
O som que ecoa aos meus sentidos
É o fluxo harmonizado dos meus
pensamentos, que dançam como se
fossem orquestrados por 4 pessoas
sábias
Transcender suicídas
Lenhas obscuras
que inovam nuvens metálicas
na caçamba é jogada
Pra lá e pra cá
de um lado pro outro
num samba de terreiro
ao som de um repente moderno
Coletivo Literário Confraria dos Loucos ...
consigo iluminar também minhas idéias
sinto as idéias e vejo melhor o som
O som que ecoa aos meus sentidos
É o fluxo harmonizado dos meus
pensamentos, que dançam como se
fossem orquestrados por 4 pessoas
sábias
Transcender suicídas
Lenhas obscuras
que inovam nuvens metálicas
na caçamba é jogada
Pra lá e pra cá
de um lado pro outro
num samba de terreiro
ao som de um repente moderno
Coletivo Literário Confraria dos Loucos ...
Lápide
Morri tantas vezes
quantos renascimentos
me permitiram
De enfarto, atropelado
de bomba de Napalm
em guerra alheia
de tiro de polícia
[em manifestação comunista
Morri uma vez de hemorragia
outra de queda do
sétimo andar
De amor umas três ou quatro
De dor, duas
Envenenado com arsênico
ou ódio
de espera
febre tifóide
acidente de carro
Morri tantas vezes
quanto seu sorriso
permitiu
pacificamente
adormecido
na
minha
memória
Gustavo
quantos renascimentos
me permitiram
De enfarto, atropelado
de bomba de Napalm
em guerra alheia
de tiro de polícia
[em manifestação comunista
Morri uma vez de hemorragia
outra de queda do
sétimo andar
De amor umas três ou quatro
De dor, duas
Envenenado com arsênico
ou ódio
de espera
febre tifóide
acidente de carro
Morri tantas vezes
quanto seu sorriso
permitiu
pacificamente
adormecido
na
minha
memória
Gustavo
sábado, 17 de abril de 2010
¿La Libertad, lo que es eso?
¿La libertad es lo que muchos van a buscar,
pero lo que es la libertad para ellos?
¡En el mundo de la globalización la libertad
se ha tornado mas una mercaduría! Quien
tiene la plata puede cómprala.
La gran preocupación de muchas personas en
el capitalismo esta acerca de como la puede
cómprala. Piensas que con el dinero se puede
comprar a todo y Tudo.
En la constituición de los EE.UU. hay un
articulo que habla acerca de la libertad para El
pueblo estadounidense y solo que ellos
pueden tener es la desigualdad y la miseria.
L.F.
pero lo que es la libertad para ellos?
¡En el mundo de la globalización la libertad
se ha tornado mas una mercaduría! Quien
tiene la plata puede cómprala.
La gran preocupación de muchas personas en
el capitalismo esta acerca de como la puede
cómprala. Piensas que con el dinero se puede
comprar a todo y Tudo.
En la constituición de los EE.UU. hay un
articulo que habla acerca de la libertad para El
pueblo estadounidense y solo que ellos
pueden tener es la desigualdad y la miseria.
L.F.
sábado, 10 de abril de 2010
Na Contra-Mão da MPB
Existe um crivo, uma imposição, quando se fala de música e cultura em nossa sociedade. Esse crivo é um tanto quanto falacioso, e se encontra sob a sigla MPB (Música Popular Brasileira). "(...) a MPB se tornou um produto estético capaz de atender ao paladar mais discriminativo da 'intelligentsia' de hoje".
Não é de hoje que essa relação de poder - se entendemos que existe uma supremacia cultural entre MPB e o que é realmente popular em termos musicais - tem sido alvo de sucessivas desconstruções. O cantor e compositor baiano Raul Seixas, em 1974 cantou o seguinte verso em clara resposta ao movimento troplicália:
Eu já lhe disse que eu não tenho nada a ver
Com a linha evolutiva da música popular brasileira
A única linha que eu conheço
É a linha de empinar uma certa bandeira
Hoje, o mesmo Raul Seixas faz parte desse aperitivo para paladares refinados. Isso porque, segundo muitos teóricos de mesa de bar, o período pós ditadura militar não oferece nada para uma manifestação politizada através da música.
No entanto, este fenômeno é acompanhado por um outro bem característico: a falência do instrumento. No Brasil, o funk carioca é talvez o maior exemplo desses dois fenômenos.
Longe de tentar formular aqui uma critica a esse ritmo musical, creio que é necessário entendê-lo como uma manifestação social. Logo, as críticas a essa manifestação ocultam os preconceitos que marcam ainda, de forma tao severa, a nossa sociedade desde a sua formação até os dias de hoje.
O funk, com sua batida eletrônica e sua letra direta, vem confrontar-se à velha moral católica e cristã... Oferece o grito de liberdade aos que vivem sob um regime de exclusão social. Essa primeira análise é sedutora, mas será que podemos encontrar algo mais, revirando esse apanhado teórico que já virou lugar comum? Qual a genealogia desse ideal de liberdade amoral? O discurso "funkeiro", com sua bandeira de "violência" e "sexo sem compromisso" não faria parte da mesma rede histórica daquilo que denuncia a e chama de repressão, ou seja, a moral católico-cristã que mantém o monopólio do sexo imaculado dentro das representações do casamento, e a violência poilicial, que tão facilmente podemos remontar ao tempo dos senhores coloniais.
Essas questões são inteiramente pertinentes para entedermos de forma mais abrangente o fenômeno funk, e reconhecermos as relações de poder quando tal assunto é abordado na mídia, nos apartamentos da classe média alta, ou nos barracos das comunidades mais pobres.
Referências:
- Música e Democracia; Paes, José Paulo, in Cultura Brasileira - Temas e Situações, Alfredo Bosi (org.), Ed Ática, São Paulo 4ª Ed, 2003 - Série Fundamentos.
- As Aventuras de Raul Seixas Na Cidade De Thor, 1974, Disco Gita
Adriano José
quarta-feira, 31 de março de 2010
Geografia Onomatopéica
Com todo carinho
Despejo palavras nesta folha,
A fim de lhe retribuir,
Ou ao menos tentar,
Todo afago que sinto nas tuas.
Cada metáfora, cada adjetivo
Atribuído à minha pessoa,
Por você,
Faz-se de maneira única
Pois só você sabe o sentido de cada uma delas
E eu, conheço o sentido que cada uma das implica sobre meu ser,
À partir de você.
A única grande distância que há entre nós
É a geográfica!
Mas tua simples existência
Denota grande significância à minha!
Por única e exclusivamente fazer-me muito bem!
Sua conversa! Sua voz!
Você!
E após esse poema, sem verso rimado
Sem nada cantado
Ofereço-lhe
Assim!
L.F.
Despejo palavras nesta folha,
A fim de lhe retribuir,
Ou ao menos tentar,
Todo afago que sinto nas tuas.
Cada metáfora, cada adjetivo
Atribuído à minha pessoa,
Por você,
Faz-se de maneira única
Pois só você sabe o sentido de cada uma delas
E eu, conheço o sentido que cada uma das implica sobre meu ser,
À partir de você.
A única grande distância que há entre nós
É a geográfica!
Mas tua simples existência
Denota grande significância à minha!
Por única e exclusivamente fazer-me muito bem!
Sua conversa! Sua voz!
Você!
E após esse poema, sem verso rimado
Sem nada cantado
Ofereço-lhe
Assim!
L.F.
domingo, 21 de março de 2010
Confraria dos bem amados loucos
Se me permite o encanto do mistério, eis aqui um relato sincero...
Sambando de lado...
Chegaram assim, como a brisa fresca, como chuva de verão, como a rima do poema... E por falar em poema... Do gingado do sambar de lado, vieram novos poetas, novos artistas, novos sabores... assim naturalmente, do nada, de repente...
Sempre Sonhei em ser poeta, mas para ser poeta diziam os normais, é preciso rimar, é preciso escrever gostosamente, daí peguei e desisti, não sei’escrevê e nem mesmo rimá.
Até que certos loucos na mansidão de um samba rouco, ensinaram pra mim na confraria dos loucos que pra ser poeta é preciso brincar, é preciso abandonar a normalidade dos normais, e se deixar levar... Levar-se pelo que, dizia eu sem jeito... Pelo samba, pela poesia pura e santa que sai do boteco, da alma, dos loucos...
Fortunato
Sambando de lado...
Chegaram assim, como a brisa fresca, como chuva de verão, como a rima do poema... E por falar em poema... Do gingado do sambar de lado, vieram novos poetas, novos artistas, novos sabores... assim naturalmente, do nada, de repente...
Sempre Sonhei em ser poeta, mas para ser poeta diziam os normais, é preciso rimar, é preciso escrever gostosamente, daí peguei e desisti, não sei’escrevê e nem mesmo rimá.
Até que certos loucos na mansidão de um samba rouco, ensinaram pra mim na confraria dos loucos que pra ser poeta é preciso brincar, é preciso abandonar a normalidade dos normais, e se deixar levar... Levar-se pelo que, dizia eu sem jeito... Pelo samba, pela poesia pura e santa que sai do boteco, da alma, dos loucos...
Fortunato
domingo, 7 de março de 2010
A mágica purgante divinizada.
Desnecessária prática pirofóbica flagelante.
Esse ecumênico ato decadente, em uma experiência degenerante.
A enxertia que sufoca desavergonhadamente, esse pertubardor pedantismo enraizado, desabrisilado, arrebanhado, acometida por uma mal aprisionante.
Arrebatado por um saber aleatório.
Laoiz
Desnecessária prática pirofóbica flagelante.
Esse ecumênico ato decadente, em uma experiência degenerante.
A enxertia que sufoca desavergonhadamente, esse pertubardor pedantismo enraizado, desabrisilado, arrebanhado, acometida por uma mal aprisionante.
Arrebatado por um saber aleatório.
Laoiz
Você chega ao seu posto de trabalho, “ele” estará pronto a persuadi-lo incessantemente pela busca do lucro;
Sua vida, seu corpo, parecem não lhe pertencer após a labuta;
Você talvez ganhe por hora trabalhada de sua vida, ou após, dependendo do quanto você produzira, mas ainda assim, cedendo uma parcela de tempo da sua vida e o vigor de seu corpo;
Deixando de lado alguns moralismos:
- Falo de você trabalhador perseguido pelo seu “chefe”
Ou
- Da prostituta trabalhando para manter o lucro do “cafetão”?
Almirants
Sua vida, seu corpo, parecem não lhe pertencer após a labuta;
Você talvez ganhe por hora trabalhada de sua vida, ou após, dependendo do quanto você produzira, mas ainda assim, cedendo uma parcela de tempo da sua vida e o vigor de seu corpo;
Deixando de lado alguns moralismos:
- Falo de você trabalhador perseguido pelo seu “chefe”
Ou
- Da prostituta trabalhando para manter o lucro do “cafetão”?
Almirants
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