Suave como metralhadoras
agressiva como criança.
Não me pergunte da minha andança
sou cheia de respostas.
Natural como o cimento,
o pé no chão e a enxada.
Se isto não te leva a nada,
não é este o meu contentamento.
Quebrei o ciclo, agora é tarde
o pouco tempo fez suas escolhas
assim como meu pé é cheio de bolhas,
minha cabeça, de pensamentos, arde.
Se ao me olhar algo te passa
esqueça ou me ignore,
o de fora é casca que cobre
todas temos o inferno e o céu em brasa.
Maria Balbina
domingo, 26 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
O Menino
Primeiro é uma explosão seca e melancólica. Vindo sabe-se lá da onde. Do céu. Do vento. Do lado de lá.
De Alá não.
Alá é misericordioso.
Segundos antes de encrespar a terra e fecundar o fim, dá pra ouvir o barulho das rodas das carruagens de fogo. Rangerem. É o som do paraíso?
O filho, abaixado, escondido sob o lenço do pai. Olha lá o avião. Que colorido. Ele se imagina um pássaro e nem sente dor quando seu corpo miúdo desaba junto com o mundo e treme um pedaço de chão seco. Lá tudo é seco. Até os olhos das mães.
Ele é um menino. Não tem nome. Não te interessa. Não me interessa. Não interessa os anunciantes. Ele é o número 698 dos quase 900, e tem toda a pompa internacional. Você não o conhece. Eu não o conheço. Os anunciantes não o conhecem. Mas ele dá uma bela matéria do seu jornal. Suas mãos pequeninas pintadas de vermelho árido dão uma bela fotografia e é provável que você ganhe algum prêmio na Europa com ela, e estampe livros caros em salas de mobílias encouradas e caras; e daqui a 15 anos, quando o menino completaria 20 anos de ódio, você vai celebrar o aniversário da sua grande fotografia com muito champanhe e uísque para seus convidados que adoram champanhe e uísque.
Mas hoje ele ainda é menino e apenas jaz. Sem remorso, sem pompa, sem prêmio, sem sonho de ser mais pássaro. Ele jaz, apenas, e é contornado pelos limites dos olhos distantes e coléricos do pai, que revela as fotografias que você nunca verá nos jornais.
Semente (Gustavo)
LIBERDADE DO ADEUS
Sou um perdido em meio aos muitos destinos
sem caminho certo a seguir
sem estábulos para morar
sem corrente para estabelecer um limite
Sim estou rodeado de correntes que não me permitem retornar ao adeus
dizer “lá se foi o louco" para mim, digam
Proclamem
o ‘tam tam’ abandonou tudo pelo nada
Gritem, exclamem, retornem aos seus lugares
porque aqui vou eu
para aquele lugar, onde não se para
só posso prosseguir
retomo o medo
realço o valor que é ser supervalorizado
a liberdade, não de lugar
mas a liberdade dentro de si
Daquele que foi embora, para o mundo a fora
sem destino, proclamando a solidão solidária
deixando a comida e roupa lavada para trás
sem destino
Proclamem tediosos, digam invejosos
relatem meus reportes particulares da mesquinharia alheia
todos em um grande coral
Lá foi ele
Será que voltara?
Zenildo Alves de Souza Jr. (Zen) - Brasília/DF
sábado, 18 de setembro de 2010
Será!?
Palavras faltam
No peito deste que escreve
Nos sentimentos que não mais sente
Dos olhos q vêem o que não mais se vê
Grito, exclamo ... questiono!
Por quê? Pra que? Não sei!
O que sei, é que ... esqueci!
Será que esqueci? Não sei!
Quero ...
voltar, ficar, sentar, gritar!
Quero ...
descer, correr, escrever!
Quero ...
ir, sair, subir, me divertir!
São tantos 'quereres', que já não sei mais o que quero!
Será que quero?
Será que é o que eu quero?
Estaria eu, pronto para tantas mudanças?
Estaria eu, pronto pra viver?
Não sei!
Às vezes acho que me esqueci de querer isso também!
L.F.
No peito deste que escreve
Nos sentimentos que não mais sente
Dos olhos q vêem o que não mais se vê
Grito, exclamo ... questiono!
Por quê? Pra que? Não sei!
O que sei, é que ... esqueci!
Será que esqueci? Não sei!
Quero ...
voltar, ficar, sentar, gritar!
Quero ...
descer, correr, escrever!
Quero ...
ir, sair, subir, me divertir!
São tantos 'quereres', que já não sei mais o que quero!
Será que quero?
Será que é o que eu quero?
Estaria eu, pronto para tantas mudanças?
Estaria eu, pronto pra viver?
Não sei!
Às vezes acho que me esqueci de querer isso também!
L.F.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Contra essa PATIFARIA!!!
Contra essa PATIFARIA !!!
Sou Patife
Por não reconhecer quem amo
Sou patife
Por não reconhecer que a vida passa ...
Sou patife
Por ser tão mesquinha e egoísta
Sou patife
Por não reconhecer as minhas hipocrisias e meus
preconceitos
Sou patife
Por me deixar levar pela rotina...
Sou patife por não reconhecer essa patifaria.
Somos todos patifes.Por não reconhecer essa patifaria.
Fabrício Matrigani Gutierres
Sou Patife
Por não reconhecer quem amo
Sou patife
Por não reconhecer que a vida passa ...
Sou patife
Por ser tão mesquinha e egoísta
Sou patife
Por não reconhecer as minhas hipocrisias e meus
preconceitos
Sou patife
Por me deixar levar pela rotina...
Sou patife por não reconhecer essa patifaria.
Somos todos patifes.Por não reconhecer essa patifaria.
Fabrício Matrigani Gutierres
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Vivo em um mundo de pequenos espaços
Totalmente cheio de realidades e vida
Perplexo encontro o incansável mundo da morte
Sepulto a cada dia a tristeza tão natural que tomou conta do meu coração
É vencer o invencível
Sempre me encontro nesses meios termos de vidas
Tais pequenos contratos de sobrevivência encantada
Refletida em corações ansiosos
Cheios de pequenos espaços soltos
Por ai se encontra muita coisa, a ponto de mais sentido reverter o mal
Ser encontrado pela pequena realidade da felicidade
Que é real
Que me representa
Hoje eu posso sentir: em pequenos espaços
Tolerantes ao medo
Tolerantes a minha visão errada da vida
Realmente me encontro perplexo e naturalmente insano e insensato
Mas será que não é melhor viver assim do que sempre ter que completar
Sempre explicar
Racionalizar tudo
Me cansei
Aqui vou eu para pequena realidade minha desconhecida
Zenildo Alves de Souza Jr. (Zen) - Brasília/DF
Totalmente cheio de realidades e vida
Perplexo encontro o incansável mundo da morte
Sepulto a cada dia a tristeza tão natural que tomou conta do meu coração
É vencer o invencível
Sempre me encontro nesses meios termos de vidas
Tais pequenos contratos de sobrevivência encantada
Refletida em corações ansiosos
Cheios de pequenos espaços soltos
Por ai se encontra muita coisa, a ponto de mais sentido reverter o mal
Ser encontrado pela pequena realidade da felicidade
Que é real
Que me representa
Hoje eu posso sentir: em pequenos espaços
Tolerantes ao medo
Tolerantes a minha visão errada da vida
Realmente me encontro perplexo e naturalmente insano e insensato
Mas será que não é melhor viver assim do que sempre ter que completar
Sempre explicar
Racionalizar tudo
Me cansei
Aqui vou eu para pequena realidade minha desconhecida
Zenildo Alves de Souza Jr. (Zen) - Brasília/DF
Assinar:
Postagens (Atom)