esta noite gelada de terror
dilacera a alma
estranhamente guardo a imagem do sonho
na memória da lua
grande desastre na floresta negra
desertos artificiais logo alí adiante
é só perceber o clarão e os gritos
perdido nessa rota obscura de desejos
a lua se apaga quando o céu escurece
na noite da veloz galopada do medo
cresce enraivecido o cão que nos espreita na colina
este túnel emudecido
fera monstruosa que se mutila
antes madrugada onde tudo dormia
rastro colorido dos segredos esquecidos
um pedaço de algodão envelhecido
dadaísmo dadaesmo dadatédio enlouquecido
frio medonho
a cidade é um poço
entupido
André Leite Ferreira (Belém-PA)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)