acompanha descaradamente o silêncio do medo
silenciosamente calma e desperta
quase como uma pantera que se perde na escuridão
se acha a cada instante dentro do peito
sem saber se é dia ou noite
sem saber se é perto ou longe
perto e longe é sempre aqui
ruínas e delírios mornos
a lua não grita
o céu estranhamente não desaba
vaga feito sombra
nas floresta escuras do desejo
é sempre tenue
e nos aguarda dia e noite
conhece a nossa história desde sempre
e nunca se precipita ou age em vão
a escolha é sempre sua
André Leite Ferreira (Belém-PA)
domingo, 24 de outubro de 2010
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